ATIVIDADES DA SEMANA DE 14/12 ATÉ 18/12
ESTA SEMAMA SERÁ DESTINADA
PARA FAZER A RECUPERAÇÃO OU AS ATIVIDADES ATRASADAS (DO BLOG DA ESCOLA OU DO
CLASSROOM).
Observação importante: As
atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser
feita através do WhatsApp no particular (professora Erika) e também podem me
entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não
esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega: até
17/12
Alunos que precisam fazer a
recuperação:
9°A: Números: 3; 4; 7; 10; 11; 13;
17; 18; 20; 21; 29; 30; 35; 36 9°B: Números: 3; 4; 12; 13; 16; 25;
26; 27; 29; 30; 31; 32; 33; 35; 36;
RECUPERAÇÃO
Objetivo:
Essa recuperação permite que você entre em contato com os temas mais
importantes trabalhados no segundo e terceiro bimestres: as guerras mundiais.
Assim, para a emergência de uma guerra, a propaganda é um método muito
eficiente de convencimento e está muito presente no contexto histórico do
século XX. Leia com atenção o texto abaixo e responda
as questões no caderno: A
propaganda e a opinião pública “A primeira metade do século XX foi marcada
pela ascensão e consolidação dos regimes [nazista, fascista, salazarista e
franquista] que utilizaram os meios de comunicação de massas como instrumentos
de propaganda política e de controle da opinião pública. A propaganda política, entendida como
fenômeno da sociedade e da cultura de massas, consolidou-se nas décadas de
1920-1940, com o avanço tecnológico dos meios de comunicação. Valendo-se de
ideias e conceitos, a propaganda os transforma em imagens, símbolos, mitos e
utopias que são transmitidos pela mídia. A referência básica da propaganda é a
sedução, elemento de ordem emocional de grande eficácia na conquista de adesões
políticas. Em qualquer regime, a propaganda é estratégica para o exercício do
poder, mas adquire uma força muito maior naqueles em que o Estado, graças à
censura ou monopólio dos meios de comunicação, exerce rigoroso controle sobre o
conteúdo das mensagens, procurando bloquear toda atividade espontânea ou
contrária à ideologia oficial. O poder político, nesses casos, conjuga o
monopólio da força física e da força simbólica; tenta suprimir, dos imaginários
sociais, toda representação do passado, presente e futuro coletivos que seja
distinta daquela que atesta a sua legitimidade e garante o controle sobre o
conjunto da vida coletiva. Em regimes dessa natureza, a propaganda política se
torna onipresente, atua no sentido de aquecer as sensibilidades e tende a
provocar paixões, visando a assegurar o domínio sobre os corações e mentes das
massas.” (PEREIRA, Wagner Pinheiro. Cinema e
propaganda política no fascismo, nazismo, salazarismo e franquismo.) Questões: a) O
texto cita um objetivo importante da propaganda. Qual? b)
Segundo o texto, de que forma os Estados autoritários e totalitários se apropriam
dos meios de comunicação? c) Por
que a propaganda é uma estratégia para o exercício do poder? d) Com
base no que você estudou neste capítulo, de que forma o nazismo, o fascismo, o
salazarismo e o franquismo se identificam com o tema abordado no texto? e) Na
sua opinião, o Estado ainda usa os meios de comunicação para se autopromover?
Como são as propagandas políticas atuais?
f) No
dia a dia, somos bombardeados por vários tipos de propaganda que estimulam o
consumo. Na sua opinião, essas propagandas utilizam as mesmas estratégias que
as propagandas políticas? Por quê? |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 07/12 ATÉ 11/12
ESTA SEMAMA SERÁ DESTINADA PARA FAZER
ATIVIDADES ATRASADAS (DO BLOG DA ESCOLA OU DO CLASSROOM).
Observação importante:
As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega
deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), no
classroom e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não
esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega:
até 14/12 |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 30/11 ATÉ 04/12
Observação importante:
As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega
deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda
pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo
e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não
esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega:
até 07/12
Objetivo da aula:
compreender as consequências da escravidão para a sociedade brasileira e as
medidas existentes para o combate ao racismo. Os textos dessa aula estão disponíveis
também no Caderno do aluno, volume 4, páginas 205 e 206.
Tema
da aula: Questões do século XX - preconceito Texto 1: A escravidão legou raízes profundas à sociedade
brasileira. Entre a população negra, os dados mostram os baixos índices de
educação, a falta de acesso a empregos bem remunerados, dentre outras
desigualdades que são reflexo do racismo estrutural de nosso país. Em 2019, entre os finalistas da Feira de Ciências das
Escolas Estaduais de São Paulo (FeCEESP), uma estudante apresentou um
trabalho sobre um projeto desenvolvido em sua comunidade escolar sobre as
diferenças entre racismo e injúria racial. O crime de racismo viola os direitos e liberdades
individuais e, segundo o Inciso XLII do Artigo 5º da Constituição Federal,
constitui crime inafiançável e imprescritível sujeito à pena de reclusão. O
objetivo do inciso é acabar com a discriminação racial no Brasil e promover o
direito à igualdade, tendo em vista que a maioria da população brasileira é
negra e sofre preconceitos em todas as esferas. Já a injúria racial está
prevista no Código Penal, artigo 140, parágrafo 3 e diz respeito à ofensa a
dignidade ou decoro. (Texto
adaptado. MELO, R. B., SILVEITA, M. Criminalização do Racismo.)
Fonte 1: Injúria Racial Código
Penal, artigo 140, §3º Se a injúria consiste na utilização de elementos
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa
ou portadora de deficiência. BRASIL.
Código Penal. Artigo 140, §3º (Redação dada pela Lei n° 10.741 de 2003).
Fonte 2: Racismo Art.
1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação
ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. BRASIL.
[Constituição (1988)]. Lei n° 7.716, de 5 de janeiro de 1989.
Atividade: Utilize o texto e as fontes para
escrever um pequeno texto que mostre as suas opiniões quanto ao tema,
descrevendo as diferenças entre racismo e injuria social, a importância
dessas leis em nossa sociedade e como você, como aluno, poderia contribuir
para amenizar os problemas que envolvem esses tipos de preconceitos. |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 20/11 ATÉ 27/11
Observação importante:
As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega
deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda
pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo
e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não
esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega:
até 30/11
Objetivo da aula:
compreender
o processo de redemocratização e a emancipação das cidadanias (analfabetos,
indígenas, negros, jovens etc.); Tomar contato com a história recente do
Brasil e as transformações políticas, econômicas, sociais e culturais, assim
como os protagonismos da sociedade civil. Os textos e fontes dessa atividades
estão disponíveis também no Caderno do Aluno, volume 4, páginas 202 e 203.
Tema
da aula: O Brasil e as transformações (desde 1989 até a atualidade)
Texto 1 – Constituição de
1988 Título
II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais Capítulo
I - Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Art.
5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade (...). (Fonte: BRASIL. [Constituição Federal (1988)] Título II
– Dos Direitos e Garantia Fundamentais / Capítulo I – Dos Direitos e Deveres
Individuais e Coletivos / Art. 5º.)
Atividade: a) Os direitos e
garantias fundamentais são respeitados plenamente no Brasil? Explique. b) Dê um exemplo de
violação dos Direitos Humanos que você tenha presenciado ou que soube por
meio das mídias.
Texto 2 – O exercício da
cidadania “(...) Desde que
o ‘Brazil’ é Brasil, desde que inventou para si um sentido próprio e autônomo
como nação, a história do país vem se afirmando, também, como uma longa
narrativa de lutas, violência, reivindicação de autonomia e igualdade, busca
por direitos e construção de cidadania. (...) Basta lembrar a clara concentração nas lutas por
direitos sociais em detrimento dos direitos políticos, sobretudo os civis. O
país só adota uma agenda de direitos civis (...) nos anos 1970, e mesmo assim
de maneira tímida. O exercício de determinados direitos não leva mecanicamente
à conquista de outros. No entanto, sem a garantia dos direitos civis cujo
princípio normativo é a liberdade individual e sem o entendimento de que
pessoas obrigadas a obedecer às leis devem ter igual direito, a despeito das
diferenças que houver entre elas, a noção de cidadania não tem como ser
exercida contemporaneamente de forma plena. Direitos nunca chegam de uma vez
por todas”. (Fonte: SCHWARCZ, Lilia
Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: uma biografia.)
Atividade: a) A Constituição de
1988 estabelece os direitos civis, políticos e sociais. Na prática (ou no dia
a dia), como eles são percebidos pela população? Você acredita que todas as
pessoas tenham a consciência plena de seus direitos? b) Qual é a relação
entre cidadania e direitos? Ou seja, por que você acha que os direitos estão
ligados ao papel do cidadão dentro de uma sociedade? c) Quais são os
argumentos apresentados pelas historiadoras sobre a conquista dos direitos ao
longo da História brasileira? É necessário permanecer lutando pela cidadania
plena? Explique.
Texto 3 – O caminho
brasileiro para cidadania indígena A população indígena, com sua imensa diversidade
cultural, perdeu suas terras e sua autonomia política, e vem sendo tutelada
pelo Estado desde o período colonial. A Constituição de 1988 reconheceu a
cidadania dos indígenas assegurando-lhes o direito de votar e ser votado, de
ir e vir, de acesso à educação, saúde, previdência social, dentre outros
direitos. Eles possuem também direitos específicos, já que dependem de terras
comunitárias que devem ser regulamentadas pela União. Muitos caminhos ainda
devem ser trilhados para a consolidação da cidadania para as populações
indígenas, garantindo suas terras, consolidando seu crescimento demográfico,
a sua participação política e o fortalecimento de sua economia, além de
integrá-los socialmente sem tirar-lhes a autonomia cultural. (Fonte: Texto adaptado.
GOMES, M. P. O Caminho brasileiro para a Cidadania Indígena.)
Segundo a Funai, atualmente existem no Brasil 462
terras indígenas regularizadas que representam cerca de 12,2% do território
nacional. Essas terras estão localizadas em todas as regiões do país, com
concentração na Amazônia Legal. Nessa região, há o maior reconhecimento da
posse da terra para os indígenas. (Fonte: Fundação Nacional do Índio - FUNAI. Terras
indígenas: o que é?)
Atividade: a) Segundo o texto e
o gráfico, o que podemos concluir a respeito dos direitos indígenas? b) A partir das
informações que você vê nas mídias, opine sobre as condições e problemas
atuais que enfrentam os povos indígenas brasileiros.
|
ATIVIDADES DA SEMANA DE 16/11 ATÉ 20/11
PREZADO ALUNO,
-Assista ao vídeo para esclarecer suas dúvidas: |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 09/11 ATÉ 13/11
Observação importante:
As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega
deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda
pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo
e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não
esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega:
até 16/11
Objetivo da aula:
estudar os processos de descolonização Afro-Asiáticos, decorrentes do
imperialismo e do neocolonialismo, identificando o papel dos principais
movimentos e sua luta pela independência. Essa aula está disponível no Caderno do
aluno, volume 4, páginas 194 e 195.
Tema
da aula: A descolonização afro-asiática
Entre os dias 18 e 24 de abril de 1955, delegações dos governos
de 29 países asiáticos e africanos participaram da Conferência
Asiático-Africana realizada em Bandung, Indonésia. Essa conferência firmou
dez princípios para a “promoção da paz e cooperação mundiais”, baseada
na Carta das Nações Unidas e nos princípios
do premiê indiano Jawaharlal Nehru, pressupondo o fim da
experiência do neocolonialismo, assim como o domínio econômico, político e
social imposto pelas potências mundiais imperialistas na Conferência de
Berlim de 1885 (que dividiu a África entre as potências europeias, tema já
trabalhado).
Fonte 1: “Depois da hegemonia da raça branca sobre o mundo no
século XV, tem início agora um grande retrocesso. Bandung não precisou fazer
um julgamento, e sim estabelecer, acima de qualquer coisa, uma espécie de constatação,
unida em relação a problemas como o colonialismo e o desarmamento mundial.
Como podemos dizer que o colonialismo morreu há tanto tempo assim, se vastas
regiões da Ásia e da África não foram libertadas’, declarou o presidente
Sukarno. Nehru disse: A Ásia quer ajudar a África. Certamente, não se devem
minimizar os perigos que ameaçam esse esforço mundial dos povos de cor para
acabar com a opressão colonial. Ainda que ausentes em Bandung, os “amargos
europeus” se faziam presentes por sua influência ideológica ou financeira. O
colonialismo muda constantemente. Por outro lado, a Ásia e a África têm mais
ou menos as mesmas necessidades de países subdesenvolvidos, razão de uma
solidariedade, mas também de uma falta de complementaridade, salvo pelo problema
demográfico: a África esvaziada pelo tráfico de escravos, a Ásia
sobrecarregada de homens e que tem fome de terras. A solidariedade deve atuar
nesse ponto? Seja como for, a África não pode ter atualmente melhor apoio do
que essa maioria da humanidade. A Ásia é sua aliada natural. Juntas, dispõem
do maior capital moral, das maiores riquezas naturais. A dinâmica da história
não reserva a elas uma grande sorte? Se a obra empreendida em Bandung
continuar, essa conferência representará, certamente, um novo começo na
história do mundo”. (Fonte:
Revista Présence Africanaine, Paris, 1955.)
Fonte 2: 1.
Respeito aos direitos fundamentais, de acordo com a Carta da ONU; 2.
Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações; 3.
Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas; 4.
Não-intervenção e não-ingerência nos assuntos internos de outro país; 5.
Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e coletivamente,
de acordo com a Carta da ONU; 6.
Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada a servir
os interesses particulares das grandes potências; 7.
Abstenção de um ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a
integridade territorial ou a independência política de outro país; 8.
Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos, de acordo
com a Carta da ONU; 9.
Estímulo aos interesses mútuos de cooperação; 10.
Respeito pela justiça e obrigações internacionais. (Fonte:
Conferência de Bandung - Os Dez Princípios da Conferência de Bandung, 1955.)
Atividade:
leia as duas fontes acima para responder as questões: a) Quais as fontes
apresentadas? Quais são as datas de suas produções? b) Qual é o assunto
principal das duas fontes? c) Quais são as
críticas apresentadas na fonte 1 em relação ao colonialismo? Explique. d) Quais são as
reivindicações apresentadas nos Dez princípios da Conferência de Bandung?
Explique o que isso significava para os países que os elaboraram.
|
ATIVIDADES DA
SEMANA DE 03/11 ATÉ 06/11
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno
e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não esqueça de se identificar com nome e
serie! Entrega:
até 09/11
Objetivo
da aula: estudar alguns aspectos das ditaduras
militares na América Latina, ressaltando o que as aproximavam no contexto em
que foram implementadas e mantidas, compreendendo seus procedimentos de
censura e repressão e vínculos com o poder, em nível nacional e
internacional, além da atuação de movimentos de contestação a esses regimes.
Tema
da aula: As experiências ditatoriais na América Latina
Texto
1: A América Latina sob ditaduras civil-militares Para os países da América
Latina alinhados aos EUA no contexto da Guerra Fria, a ameaça comunista
tornou-se um fator de legitimação e exportação da Doutrina de Segurança
Nacional. Essa política serviu como um alerta aos militares que visavam
garantir a segurança nacional contra os “inimigos internos” e a manutenção
dos regimes, coibindo projetos de reformas. Exemplos como a Revolução Cubana,
que instituiu um regime socialista; os governos do México e da Argentina,
propondo mudanças de reforma agrária e nas relações de trabalho; e o Chile,
que previa a implementação do socialismo pelas vias democráticas com Salvador
Allende, foram coibidas por militares com o apoio dos norte-americanos. Como
consequência, grande parte dos países da América latina, incluindo o Brasil,
tiveram a implementação de regimes ditatoriais de caráter civil-militar em
seu território. As ditaduras militares do Brasil (1964-1985), Argentina
(1976-1983), Uruguai (1973-1985), Chile (1973-1990), Bolívia (1964-1982) e
Paraguai (1954-1989) chegaram a manter entre si uma poderosa rede de
alinhamento para perseguir todos os tipos de opositores ao regime. (Caderno do aluno, volume 4, página 191)
Texto
2: Operação Condor Em uma aliança
político-militar, a “Operação Condor” uniu os vários regimes
militares na América do Sul, como o
Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai,
e contou com os serviços de inteligência dos Estados Unidos. Essa operação
visava à troca de informações entre os líderes dos regimes autoritários da
região sobre os opositores às ditaduras. De forma coordenada, os governos
reprimiam os adversários dos regimes. As ações envolviam perseguições,
sequestros, assassinatos e “desaparições” entre esses países. (Caderno do aluno, volume 4, página 193)
Fonte
1: Ministério das Relações Exteriores, 13/09/1977 “1. O governo uruguaio está pondo em
prática a denominada “Operação Condor”, com a finalidade de detectar
atividades de elementos e grupos esquerdistas ligados ao meio estudantil
local. Serão examinadas atas de sessões dos Conselhos de Direção das
Faculdades e do Conselho Central Universitário. 2. As autoridades suspeitam que estão sendo
reativadas as ações clandestinas da Federação de Estudantes Universitários do
Uruguai (FEUU), o ramo representativo do PC Uruguaio no meio estudantil. 3. Foram presos ALBERTO CASTILLO ALVARES e
MAX COGNOLI, além de HUGO SELINKO e CESAR CORENGIA, ex-conselheiros pela
ordem docente, e EDGAR RODAS, ex-conselheiros pela ordem estudantil. (Documento do Ministério das Relações
Exteriores do Brasil, informe 334/77 do Centro de Informações do Exterior
(CIEX), de 1977. Arquivo Nacional.)
Atividade:
As questões abaixo compõem uma análise dos textos e da fonte acima. a)
Qual é a data de produção da fonte apresentada? b)
Quem produziu a fonte? Em qual país? c)
Explique quais ações foram determinadas pelo documento, e relacione essas
medidas aos objetivos da Operação Condor. d)
Quais acusações foram relatadas na fonte e quais foram as suas consequências?
e)
Segundo o texto 1, o que foi a Doutrina de Segurança Nacional e para que
servia?
|
ATIVIDADES DA
SEMANA DE 26/10 ATÉ 30/10
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno
e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não esqueça de se identificar com nome e
serie! Entrega:
até 03/11
Objetivo
da aula: estudar o processo de globalização e as
alianças econômicas que controlam a economia global e que foram criadas sem a
preocupação em relação aos impactos causados na sociedade e no meio ambiente,
e nesse contexto reconhecer os movimentos que se opõem a esse processo de
globalização capitalista. Também estudaremos os movimentos de busca pela
construção democrática e pelas garantias de direitos na América Latina após a
experiência ditatorial e o fim da Guerra Fria, e o desmantelamento do bloco
soviético. Os textos dessa atividade
estão no caderno do aluno volume 4, páginas 198 e 199.
Tema
da aula: O fim da Guerra Fria e o mundo globalizado
Texto
1: A queda do Muro de Berlim,
em 1989, e o desmantelamento da URSS, em 1991, assinalaram o fim da Guerra
Fria. Nesse contexto, os antigos países que faziam parte da União Soviética
reestruturaram suas economias dentro dos mercados capitalistas. Um novo
cenário se consolidou nas relações de poder entre nações e ampliou-se a
hegemonia dos EUA, marcando um processo de crescente globalização destes
mercados.
Texto
2: O que você entende por
globalização? Será que essa expressão tem o mesmo significado em todas as
regiões do mundo contemporâneo? Alguns estudiosos definem globalização como
um processo histórico que interliga aspectos políticos, econômicos, sociais e
culturais entre os países do mundo, sendo que ele foi iniciado na Idade
Moderna e intensificou-se nas últimas décadas do século XX. No entanto,
apesar de todos os avanços tecnológicos, principalmente comunicacionais, do
dinamismo econômico e da integração entre os mercados financeiros, e da
“dissolução” de fronteiras, a globalização ainda traz exclusão social.
Texto
3: Fórum Econômico Mundial versus Fórum Social Mundial Desde 1974 acontece
anualmente na cidade de Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial, que reúne
os países mais ricos, a elite financeira mundial e lideranças empresariais de
todo o planeta. Em 1998, esses países pretendiam criar um acordo Multilateral
de Investimentos, estabelecendo vantagens para os países ricos. Em contraponto ao fórum de
Davos, foi criado o Fórum Social Mundial, com o slogan “Um outro mundo é
possível”. Diante de um mundo dominado pelo capitalismo, a proposta do Fórum
Social Mundial é buscar alternativas para uma transformação social global,
isto é, um projeto de globalização solidário que respeite os Direitos
Humanos, o meio ambiente, a justiça social, a igualdade e a democracia. O
primeiro encontro aconteceu em 2001 em Porto Alegre, no Brasil. Dele
participaram movimentos de juventudes, intelectuais, artistas e movimentos
sociais. Em 2005, o Fórum contou com mais de 150 mil participantes, que
discutiram uma transformação global da sociedade. No entanto, o movimento
diminuiu sua frequência nos últimos anos, mas pretende ser retomado em 2021
na cidade do México.
Texto
4: Ocupe Wall Street Em 2011, nos EUA e em
vários países europeus, jovens estudantes, trabalhadores e movimentos sociais
realizaram uma série de manifestações em protesto à desigualdade social num
movimento chamado “Ocupe Wall Street” (Occupy Wall Street). Suas
reivindicações denunciavam a desigualdade social, a corrupção e a ganância
dos setores do mercado financeiro. Seu lema era “somos os 99%”, referindo-se
à maioria da população mundial em comparação ao 1% dos mais ricos. Uma das
estratégias de articulação e divulgação de suas pautas foram as redes
sociais.
Atividade:
De acordo com os textos acima, responda: a)
Quais mudanças marcaram o fim da Guerra Fria para o mundo? b)
Defina com suas palavras o conceito de globalização. c)
Considerando o Fórum Econômico Mundial de Davos e o Fórum Social Mundial,
quais setores sociais eles representam e qual é a visão de cada um deles
sobre a globalização? d) A
Bolsa de Valores de Nova Iorque (New York Stock Exchange) está
localizada em Wall Street (rua), em Manhattan. Existe uma simbologia no
movimento em “ocupar” esse local? O que os manifestantes do Ocupe Wall Street
demonstraram buscavam? e) É
possível pensar o mundo com uma globalização que seja inclusiva, democrática
e solidária? Explique sua opinião.
|
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega: até 26/10 Objetivo da aula: Compreender as conquistas da ciência durante o período da Guerra Fria e analisar a corrida espacial ocorrida a partir do contexto de bipolarização ideológica do mundo. Tema da aula: Ciência na Guerra Fria Texto: A Guerra Fria e a Ciência
Se por um lado a disputa entre a União Soviética e os Estados Unidos, durante a Guerra Fria, expôs o planeta ao risco de uma guerra nuclear, por outro também significou grande impulso para a ciência e a tecnologia, como mostra o texto a seguir. Na década de 50, a disputa ganha o espaço sideral com os soviéticos saindo na frente. Em agosto de 1957, eles lançam seu primeiro míssil balístico intercontinental, o R7. [...] Com a mesma tecnologia já eram capazes de colocar um objeto em órbita e foi o que fizeram dois meses depois. Em outubro daquele ano, o mesmo foguete levou o Sputnik, uma esfera pouco maior que uma bola de basquete que entrou em órbita espalhando um sinal intermitente pelo espaço, tornando-se o primeiro satélite artificial do mundo. [...] Completando a primeira década da era espacial, uma das principais contribuições científicas da Guerra Fria viria em outubro de 1958 com a criação de uma das mais ilustres filhas do conflito: a Nasa, a agência espacial norte- -americana. [...] Foi ela a responsável pelo projeto Apolo que levou o homem à Lua, em 1969; a resposta americana ao passeio, em 1961, de Yuri Gagarin, o primeiro homem a orbitar a Terra. [...] Em 1960, os EUA lançaram o Corona, um satélite espião que retornou com fotos do território soviético tiradas de 160 mil metros de altura. [...] Os satélites atuais utilizados na agricultura, meteorologia e em diversas outras áreas devem muito à Guerra Fria que, investindo na espionagem, foi a maior incentivadora das tecnologias de sensoriamento remoto. Até mesmo na revolução eletrônica [...] houve o dedo da desavença entre capitalistas e comunistas. Já em 1948, as enormes válvulas utilizadas nos computadores foram substituídas pelos transístores. [...] Por volta de 1970, a Força Aérea Americana já contava com chips em seus mísseis e o mundo com a base tecnológica para o surgimento do microcomputador pessoal que conhecemos hoje. [...] Também é graças ao espaço que os ortodontistas contam hoje com o Nitinol, uma liga que, por ser maleável e resistente, é muito empregada na fabricação de satélites e que agora também compõe os “araminhos” de muitos aparelhos ortodônticos. [...] (REYNOL, Fábio. A corrida tecnológica: como a Guerra Fria impulsionou a ciência. Revista Comciência, 10 jun. 2002.)
Atividade: Leia com atenção o artigo da revista Comciência e responda as questões abaixo: 1) A Guerra Fria foi um período de tensão que envolvia um grande risco para a humanidade, segundo o texto, que risco era esse? 2) Segundo o trecho da revista, quais as contribuições dos soviéticos para a corrida espacial? 3) E de que forma os Estados Unidos também mostraram o seu poder científico? 4) Quais tecnologias desenvolvidas durante a Guerra Fria são úteis até hoje? 5) Considerando as informações desse artigo, qual a sua opinião sobre a importância do desenvolvimento tecnológico durante períodos de conflito? Considere também o desenvolvimento e aperfeiçoamento de todos os tipos de armamentos, inclusive a bomba atômica. Quais as vantagens e desvantagens desses progressos científicos? |
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega: até 19/10 Objetivo
da aula: compreender os
aspectos políticos e econômicos construídos a partir da Guerra Fria e a
bipolarização do mundo; retomar os conceitos de capitalismo e comunismo e
analisar a corrida espacial ocorrida a partir do contexto de bipolarização
ideológica do mundo. Tema da aula: Guerra Fria A
Segunda Guerra Mundial destruiu a ordem internacional existente até então. As
antigas potências europeias caíram e, em seu lugar, o mundo observou a
ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética. Assim, quando a derrota
alemã na Segunda Guerra já se tornava evidente em 1944, os projetos dessas
duas grandes potências para o pós-guerra começavam a se afirmar. Em 1945, os principais líderes aliados
reunidos nas conferências de Ialta (fevereiro) e Potsdam (julho-agosto) definiram
a partilha do mundo em áreas de influência dos Estados Unidos e da União
Soviética. Eles também estabeleceram a divisão da Alemanha e de sua capital,
Berlim, em quatro zonas internacionais: francesa, britânica, soviética e
estadunidense. A aliança circunstancial que
aproximou as duas potências rivais durante a Segunda Guerra se desfez e se
transformou em disputa aberta após 1945, período que ficou conhecido como
Guerra Fria. O conflito recebeu esse nome porque a tensão entre essas
superpotências nunca se concretizou em um enfrentamento direto entre elas. “Durante os tempos da Guerra Fria, o planeta
era encarado como uma espécie de enorme tabuleiro [...]. A partida era
disputada por dois jogadores, Estados Unidos e União Soviética, empenhados em
manter as posições que já haviam conquistado [...] e, tanto quanto possível,
tomar novas áreas do adversário. Nenhum país ou região do globo era
considerado fora dos limites do jogo: cada casa do tabuleiro estaria,
forçosamente, sob domínio de um ou de outro competidor. [...]” (DIAS
JÚNIOR, José Augusto; ROUBICEK, Rafael. Guerra Fria: a era do medo.) Capitalistas X Comunistas Os
Estados Unidos saíram da Segunda Guerra fortalecidos: suas perdas humanas
eram bem menores do que as dos países europeus, sua economia cresceu e o país
tinha o monopólio das armas nucleares. Esse cenário favorável ajudou os
estadunidenses a se sentirem confiantes para se voltarem contra aquele que
consideravam seu verdadeiro inimigo: a União Soviética. Em 1947, o então
presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, fez um pronunciamento em que se
comprometia a prestar assistência a qualquer país que precisasse conter o
avanço do comunismo no território. Esse discurso lançou as bases da Doutrina
Truman, uma ofensiva contra a expansão comunista no mundo. Nesse mesmo ano, o governo estadunidense pôs
em prática o Plano Marshall. Por meio dele, os Estados Unidos concediam
empréstimos a juros baixos aos governos europeus ocidentais para auxiliá-los
a reconstruir suas economias, seriamente devastadas pela guerra. A
última etapa da ofensiva estadunidense no início da Guerra Fria ocorreu em
1949, com a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
reunindo os países da Europa Ocidental, os Estados Unidos e o Canadá em uma
aliança militar permanente. O objetivo da organização era assegurar a defesa
de seus membros contra a ameaça do avanço soviético. Por seu lado, a União
Soviética havia cumprido um papel decisivo na derrota nazista na Europa e
chegou ao final do conflito devastada pelos combates travados contra os
alemães na frente oriental. Em um primeiro momento, portanto, o governo
soviético precisou dedicar prioridade absoluta à reconstrução do país. Temendo
que a aceitação dos recursos do Plano Marshall ameaçasse seus interesses na Europa
Oriental, o governo da União Soviética pressionou as democracias populares da
região a recusarem a ajuda. Assim, como uma resposta ao avanço estadunidense,
foi criado, em setembro de 1947, o Comitê de Informação dos Partidos
Comunistas e Operários (Cominform), com a finalidade de coordenar e controlar
ideologicamente as ações dos Partidos Comunistas da Europa Oriental. (Texto
extraído do livro didático Projeto Araribá) Atividade: Leia com atenção o texto para responder
as questões seguintes: 1)
Segundo o texto, em que contexto histórico surgiu a Guerra Fria? 2)
Quais as consequências das conferências de Ialta e Potsdam para o mundo? 3)
Por que esse período levou o nome de Guerra Fria? 4)
Qual era a condição dos Estados Unidos ao sair da segunda Guerra Mundial? 5) Através da Doutrina Truman, o Plano
Marshall e a OTAN os EUA passaram a ter grande influência em muitos países.
Fale resumidamente do que se tratavam essas três medidas. 6) O
que fez a União Soviética diante das medidas tomadas pelo governo dos Estados
Unidos? Aula
do Centro de Mídias:
|
ATIVIDADES
DA SEMANA DE 28/09 ATÉ 02/10
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno
e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não esqueça de se identificar com nome e
serie! Entrega:
até 05/10
Tema
da aula: Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização
Objetivo
da aula: estudaremos por meio de fontes as demandas
das populações indígenas e quilombolas em sua contestação ao modelo
desenvolvimentista da ditadura civil-militar. Também discutiremos a
mobilização, cada vez maior e em diferentes escalas da sociedade brasileira,
pela garantia dos direitos civis e pela redemocratização do Estado.
Tema
da aula: A questão quilombola na ditadura militar
Texto
1: Regulamentação e certificação das terras quilombolas do período da
ditadura até a Constituição de 1988. A questão quilombola
esteve presente, do ponto de vista legal, tanto no regime colonial como no
imperial. No período republicano, a partir de 1889, o termo
"quilombo" desaparece da base legal brasileira e reaparece na
Constituição Federal (CF) de 1988 como categoria de acesso a direitos, numa
perspectiva de sobrevivência, dando aos quilombos o caráter de
"remanescentes". Transcorrem assim 100 anos entre a abolição e o
reconhecimento dos direitos territoriais das comunidades quilombolas. A Constituição de 1988
opera uma inversão de valores em comparação com a legislação colonial, uma
vez que a categoria legal por meio da qual se classificava quilombo como um
crime passou a ser considerada como categoria de autodefinição, voltada para
reparar danos e acessar direitos. Os
interesses contrários aos direitos quilombolas contestam, principalmente, o
direito aos territórios das comunidades que, uma vez tituladas, se tornam
inalienáveis e coletivas. As terras das comunidades quilombolas cumprem sua
função social precípua, dado que sua organização se baseia no uso dos
recursos territoriais para a manutenção social, cultural e física do grupo,
fora da dimensão comercial. São territórios que contrariam interesses
imobiliários, de instituições financeiras, grandes empresas, latifundiários e
especuladores de terras. Os conflitos fundiários hoje existentes em
comunidades quilombolas envolvem, na maior parte das vezes, esses atores. O novo marco jurídico da
Constituição de 1988 é determinante também para o estabelecimento e a
organização do movimento quilombola, em nível nacional, que, a partir da
construção de sua identidade étnica, reivindica o seu direito à terra. São
poucas as comunidades que alcançaram esse direito. Das 3.554 comunidades
quilombolas identificadas pelo governo federal (Secretaria Especial de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 2006), pouco mais de 100 possuem o
título, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra). As dificuldades existentes
para efetivar a titulação das terras das comunidades quilombolas refletem a
frágil capacidade administrativa da máquina estatal. Todavia, há disputas que
superam as limitações administrativas e orçamentárias. São obstáculos
explícitos ou não que ajudam a reter o reconhecimento de direitos étnicos
pela propriedade definitiva das terras das comunidades quilombolas.
Atualmente, a principal luta dos quilombolas se volta para a implementação de
seus direitos territoriais. A noção de terra coletiva coloca em crise o modelo
de sociedade baseado na propriedade privada como única forma de acesso à
terra, instituído desde a Lei das Terras, de 1850. Os novos marcos jurídicos
sinalizam para a necessidade de reestruturação, pelo Estado, da lógica
agrária a partir do reconhecimento de seu caráter pluriétnico. (Fonte:
ipea.gov.br)
Texto
2: Caderno do aluno, página 37: Empecilho ao programa
desenvolvimentista da ditadura, em relação a ocupação de terras, o quilombo,
para o movimento negro, representava seu processo de legitimação da identidade
negra brasileira para a construção de um auto reconhecimento étnico e
nacional. Muitas vezes silenciados, esses movimentos eram associados a
atividades subversivas em virtude do debate sobre o racismo e a discriminação
no Brasil, que confrontava a ideia de “democracia racial” do discurso oficial
de um país sem conflitos e discriminação. (Fonte:
Material de Apoio ao Currículo Paulista.)
Atividade: a
partir da leitura dos fragmentos acima, responda: 1)
Os quilombos, refúgios de escravos muito presentes no período colonial do
Brasil são um símbolo de resistência à escravidão. Até hoje, povos que
permaneceram nesses lugares após à abolição, lutam pelo direito de permanecer
nessas terras. Você já conhecia o termo quilombo? Que informações você tem sobre
eles? 2)
Segundo o texto 1, qual a inversão de valores em relação aos quilombos é
feita na Constituição de 1988? 3)
Que função social cumprem as comunidades quilombolas? E a formação dessas
comunidades vão contra quais interesses? 4)
Segundo os dados do texto, das 3.554 comunidades quilombolas, pouco mais de
100 conseguiram esse título e seus direitos à terra. Quais as maiores
dificuldades para a conquista desse direito à esses grupos? 5)
Segundo o texto 2, como foi tratada a questão quilombola na época da ditadura
militar?
Aula do CMSP sobre o tema desta atividade: |
ATIVIDADES PARA A SEMANA DE 21/09 ATÉ 25/09 9AB
Observação importante:
As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega
deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda
pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo
e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não
esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega:
até 28/09
Tema da aula: Modernização,
ditadura civil-militar e redemocratização
Objetivo da aula:
estudaremos por meio de fontes históricas as demandas das populações
indígenas e quilombolas em sua contestação ao modelo desenvolvimentista da
ditadura civil-militar. Também discutiremos a mobilização, cada vez maior e em
diferentes escalas da sociedade brasileira, pela garantia dos direitos civis
e pela redemocratização do Estado. Esta
atividade está disponível no caderno do aluno volume 3, páginas 35 a 37.
Fonte 1 - Constituição Brasileira
Capítulo VIII - Dos Índios Art. 231. São
reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os
seus bens. § 1º São
terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em
caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as
imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu
bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus
usos, costumes e tradições. § 2º As
terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios
e dos lagos nelas existentes. § 4º As
terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os
direitos sobre elas, imprescritíveis. (Fonte: BRASIL. [Constituição (1988)].
Constituição da República Federativa do Brasileira.)
Fonte 2 – Relatório Figueiredo,
1967. Transcrição do Texto: 1 –
CRIMES CONTRA A PESSOA E A PROPRIEDADE DO ÍNDIO: 1.1
Assassinatos de índios (individuais e coletivos: tribos); 1.2
Prostituição de índias; 1.3
Sevícias (atos de crueldade, de tortura física ou mental); 1.4
Trabalho escravo; 1.5
Usurpação do trabalho do índio; 1.6
Apropriação e desvio de recursos oriundos do patrimônio indígena; 1.7
Delapidação do patrimônio indígena: a) Venda
de gado; b)
Arrendamento de terras; c) Venda
de madeiras; d)
Exploração de minérios (...). O serviço
de Proteção aos índios degenerou a ponto de persegui-los até o extermínio.
Relembram-se aqui os vários massacres, muitos dos quais denunciados com
escândalo sem, todavia, merecer maior interesse das autoridades. (Fonte: Ministério Público Federal.) ( foto do texto original do Relatório
Figueiredo de 1967 )
FONTE 3 - Direitos indígenas são
subordinados a planos governamentais A
subordinação do órgão tutor dos índios, encarregado de defender seus
direitos, em relação às políticas governamentais, fica evidente quando se
nota que o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) era órgão do Ministério da
Agricultura e que a Fundação Nacional do Índio (Funai), que substituiu o SPI
em 1967, foi criada como órgão do Ministério do Interior, o mesmo ministério
a cargo do qual estavam a abertura de estradas e a política
desenvolvimentista em geral (...) Assim, é estrutural o fato de os órgãos
governamentais explicitamente encarregados da proteção aos índios, o SPI e
posteriormente a Funai, não desempenharem suas funções e se submeterem ou até
se colocarem a serviço de políticas estatais, quando não de interesses de
grupos particulares e de seus próprios dirigentes. (Fonte: Comissão Nacional da Verdade.
Brasília: CNV, 2014. Relatório da Comissão Nacional da Verdade.)
Atividade: A partir
da análise das três fontes acima, responda às seguintes questões: 1) Qual é a data de produção das
fontes apresentadas? 2) Descreva as ideias principais de
cada fonte (1, 2 e 3). 3) Qual é a crítica que a Comissão
da Verdade faz no documento 3? 4) Quem produziu o documento 2? É
possível confirmar a crítica da Comissão da Verdade no documento 2? 5) A partir da leitura da fonte 2,
descreva os aspectos de violação dos direitos indígenas conquistados na
Constituição Federal de 1988 (fonte 1). 6) Qual a sua opinião sobre essa
aula?
Aula do
CMSP sobre o tema desta atividade: |
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno
e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não esqueça de se identificar com nome e
serie!
Entrega:
até 21/09
Objetivo: As
questões a seguir tem como objetivo aprofundar os conhecimentos e são
referentes aos temas estudados ao longo deste ano. Elas abarcam, portanto,
desde o início da República brasileira até o contexto histórico do início do
século XX. Leiam com atenção e marquem as alternativas que julgarem corretas.
1.
Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo
jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver figuras, o trabalhador
rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No
plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos
de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica
rural.
(LEAL,
V. N. Coronelismo, enxada e voto.)
O coronelismo, fenômeno
político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais
características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da
cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura
social:
a)
igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda.
b)
estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.
c)
tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva
típica.
d)
ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo
exército e polícia.
e)
agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e
regional.
2.
Observe a imagem:
A imagem representa as
manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do
século XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando o contexto
político-social da época, essa revolta revela:
a) a
insatisfação da população com os benefícios de uma modernização urbana
autoritária.
b) a
consciência da população pobre sobre a necessidade de vacinação para a
erradicação das epidemias.
c) a
garantia do processo democrático instaurado com a República, através da
defesa da liberdade de expressão da população.
d) o
planejamento do governo republicano na área de saúde, que abrangia a
população em geral.
e) o
apoio ao governo republicano pela atitude de vacinar toda a população em vez
de privilegiar a elite.
3.
Código Penal dos Estados Unidos do Brasil, 1890.
Dos crimes contra a saúde pública:
Art. 156. Exercer a medicina em qualquer
dos seus ramos, a arte dentária ou a farmácia; praticar a homeopatia, a
dosimetria, o hipnotismo ou magnetismo animal, sem estar habilitado segundo
as leis e regulamentos.
Art. 158. Ministrar, ou simplesmente
prescrever, como meio curativo para uso interno ou externo, e sob qualquer
forma preparada, substância de qualquer dos reinos da natureza, fazendo, ou
exercendo assim, o ofício denominado curandeiro.
(Disponível
em: http://legis.senado.gov.br.)
No início da Primeira
República, a legislação penal vigente evidenciava o(a):
a)
negligência das religiões cristãs sobre as moléstias.
b)
desconhecimento das origens das crenças tradicionais.
c)
preferência da população pelos tratamentos alopáticos.
d)
abandono pela comunidade das práticas terapêuticas de magia.
e)
condenação pela ciência dos conhecimentos populares de cura.
4.
Os seus líderes terminaram presos e assassinados. A “marujada” rebelde foi
inteiramente expulsa da esquadra. Num sentido histórico, porém, eles foram
vitoriosos. A “chibata” e outros castigos físicos infamantes nunca mais foram
oficialmente utilizados; a partir de então, os marinheiros - agora
respeitados - teriam suas condições de vida melhoradas significativamente.
Sem dúvida fizeram avançar a História.
(MAESTRI,
M. 1910: a revolta dos marinheiros-um a saga negra.)
A eclosão desse conflito
foi resultado da tensão acumulada na Marinha do Brasil pelo(a):
a)
engajamento de civis analfabetos após a emergência de guerras externas.
b)
insatisfação de militares positivistas após a consolidação da política dos
governadores.
c)
rebaixamento de comandantes veteranos após a repressão a insurreições
milenaristas.
d)
sublevação das classes populares do campo após a instituição do alistamento
obrigatório.
e)
manutenção da mentalidade escravocrata da oficialidade após a queda do regime
imperial.
5.
Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o velho Lima voltou ao trabalho,
ignorando que no entretempo caíra o regime. Sentou-se e viu que tinham tirado
da parede a velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na
ocasião passasse um contínuo, perguntou-lhe:
— Por que tiraram da parede o retrato de
Sua Majestade?
O contínuo respondeu, num tom lentamente
desdenhoso:
— Ora, cidadão, que fazia ali a figura do
Pedro Banana?
— Pedro Banana! — repetiu raivoso o velho
Lima.
E, sentando-se, pensou com tristeza:
— Não dou três anos para que isso seja uma
República!
(AZEVEDO,
A. Vidas alheias.)
A crônica de Artur
Azevedo, retratando os dias imediatos à instauração da República no Brasil,
refere-se ao(à):
a)
ausência de participação popular no processo de queda da Monarquia.
b)
tensão social envolvida no processo de instauração do novo regime.
c)
mobilização de setores sociais na restauração do antigo regime.
d)
temor dos setores burocráticos com o novo regime.
e)
demora na consolidação do novo regime.
6)
TEXTO I:
Canudos não se rendeu.
Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo.
Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao
entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram.
Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos
quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
(CUNHA,
E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.)
TEXTO II:
Na trincheira, no centro
do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um
velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de
16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para
deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de
maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo
traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional.
(SOARES,
H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902.)
Os relatos do último ato
da Guerra de Canudos fazem uso de representações que se perpetuariam na
memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a
atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da
a)
manipulação e incompetência.
b)
ignorância e solidariedade.
c)
hesitação e obstinação.
d)
esperança e valentia.
e)
bravura e loucura.
7.
Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão chegaria para apaziguar a
agonia, o autoritarismo militar e combater a tirania. Claro que, em tempos de
guerra, um gibi de um herói com uma bandeira americana no peito aplicando um
sopapo no Furer só poderia ganhar destaque, e o sucesso não demoraria muito a
chegar.
(COSTA,
C. Capitão América, o primeiro vingador.)
A capa da primeira edição
norte-americana da revista do Capitão América demonstra sua associação com a
participação dos Estados Unidos na luta contra
a) a
Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial.
b)
os
regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.
c) o
poder soviético, durante a Guerra Fria.
d) o
movimento comunista, na Segunda Guerra do Vietnã.
e) o
terrorismo internacional, após 11 de setembro de 2001.
8. A
Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela
Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um
acontecimento histórico de grande relevância. Ao afirmar, pela primeira vez
em escala planetária, o papel dos direitos humanos na convivência coletiva,
pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção de vida
internacional.
(AFER,
C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).)
A declaração citada no
texto introduziu uma nova concepção nas relações internacionais ao
possibilitar a:
a)
superação da soberania estatal.
b)
defesa dos grupos vulneráveis.
c)
redução da truculência belicista.
d)
impunidade dos atos criminosos.
e)
inibição dos choques civilizacionais.
9.
Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU, em 1948, a Unesco
publicou estudos de cientistas de todo o mundo que desqualificaram as
doutrinas racistas e demonstraram a unidade do gênero humano. Desde então, a
maioria dos próprios cientistas europeus passou a reconhecer o caráter
discriminatório da pretensa superioridade racial do homem branco e a condenar
as aberrações cometidas em seu nome.
(SILVEIRA,
R. Os selvagens e a massa: papel do racismo científico na montagem da
hegemonia ocidental.)
A posição assumida pela
Unesco, a partir de 1948 foi motivada por acontecimentos então recentes,
dentre os quais se destacava o(a):
a)
ataque feito pelos japoneses à base militar americana de Pearl Harbor.
b)
desencadeamento da Guerra Fria e de novas rivalidades entre nações.
c)
morte de milhões de soldados nos combates da Segunda Guerra Mundial.
d)
execução de judeus e eslavos presos em guetos e campos de concentração
nazistas.
e)
lançamento de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki pelas forças norte-americanas.
10.
Diante dessas inconsistências e de outras que ainda preocupam a opinião
pública, nós, jornalistas, estamos encaminhando este documento ao Sindicato
dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, para que o entregue à
Justiça; e da Justiça esperamos a realização de novas diligências capazes de
levar à completa elucidação desses fatos e de outros que porventura vierem a
ser levantados.
(Em
nome da verdade. In: O Estado de São Paulo, 3 fev. 1976.)
A morte do jornalista
Vladimir Herzog, ocorrida durante o regime militar, em 1975, levou a medidas
como o abaixo-assinado feito por profissionais da imprensa de São Paulo. A
análise dessa medida tomada indica a:
a)
certeza do cumprimento das leis.
b)
superação do governo de exceção.
c)
violência dos terroristas de esquerda.
d)
punição dos torturadores da polícia.
e)
expectativa da investigação dos culpados.
|
Tema da aula: A repressão na ditadura
militar brasileira
Objetivo
da aula: compreender o processo de ditadura militar
no Brasil e o surgimento de questões ligadas à memória da ditadura, assim
como a justiça sobre os casos de violação dos direitos humanos.
Texto
1: A repressão
A Ditadura Militar ficou
marcada por ser um período de exceção, no qual todo tipo de arbitrariedade
foi cometido pelo governo em nome da “segurança nacional”. A ditadura ficou
marcada pelas prisões arbitrárias, cassações, expurgos, tortura, execuções,
desaparecimento de cadáveres e até mesmo por atentados com bombas.
O aparato de repressão da
ditadura deu-se por meio de diversos mecanismos. O primeiro mecanismo foram
os Atos Institucionais, o suporte jurídico que possibilitava aos militares
perseguir e aprisionar todos os que eram considerados opositores do regime.
Exemplificando, o AI-1 permitiu à ditadura aprisionar pessoas,
indiscriminadamente, em locais como navios e estádios de futebol, e a
expurgar pessoas do serviço público.
Por meio do AI-1, 4.841
pessoas perderam seus direitos políticos, e 1.313 militares foram colocados
na reserva. Além disso, dezenas de juízes foram expurgados, e 41 deputados
tiveram seus mandatos cassados. Sindicatos, como a Liga Camponesa, e
instituições estudantis, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), também
sofreram com a repressão governamental.
Com o tempo, o direito da
população de escolher seu presidente foi retirado por meio do AI-2, decretado
no final de 1965, e o AI-3 estabeleceu um sistema bipartidário no Brasil. Os
dois partidos que existiam era: a Aliança Renovadora Nacional (Arena),
partido do regime militar e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB),
oposição consentida (ou seja, não toda e qualquer oposição).
O período 1964-1968 é
entendido por muitos como o período da “ditadura branda”, mas, na verdade,
esse período foi utilizado pela ditadura para criar o aparato de repressão. O
aparato jurídico da repressão dos militares teve seu auge durante o AI-5,
decretado durante o governo de Costa e Silva. Esse decreto ampliou os poderes
dos militares e determinava o seguinte:
A tortura também foi um dos mecanismos da repressão e do
autoritarismo da Ditadura Militar. A tortura era realizada, principalmente,
contra opositores do regime, pessoas que, na ótica dos militares, eram vistas
como subversivas. A tortura realizada por agentes de governo não se deu
apenas contra pessoas envolvidas na luta contra a ditadura, mas também contra
pessoas sem ligação direta, como aconteceu com milhares de indígenas.
A respeito da ditadura, as
historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling afirmam:
“No Brasil, a prática da tortura política
não foi fruto das ações incidentais de personalidades desequilibradas, e
nessa constatação residem o escândalo e a dor. Era uma máquina de matar
concebida para obedecer a uma lógica de combate: acabar com o inimigo antes
que ele adquirisse capacidade de luta.”
As formas de tortura
realizadas pela ditadura foram inúmeras, e os métodos de tortura utilizados
pelos agentes do Exército e do governo foram ensinados pelo exército francês.
Dentre as formas de tortura, podem ser destacados as seguintes:
Fonte
1: Declaração Universal dos Direitos Humanos
Artigo 5°: Ninguém será submetido a tortura
nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Artigo 9°: Ninguém pode ser arbitrariamente
preso, detido ou exilado.
Artigo 19º: Todo o indivíduo tem direito à
liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser
inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem
consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de
expressão.
Artigo 20º: Toda a pessoa tem direito à
liberdade de reunião e de associação pacíficas.
(Fonte:
United Nations - Human Rights - Office of the High Commissioner. Declaração
Universal dos Direitos Humanos.)
Atividade:
1) A
ditadura militar brasileira deixou muitas marcas através de suas formas de
repressão. Quais eram elas?
2)
Neste período o país passou a ser governado através de Atos Institucionais, o
que propunha o AI-1? E o AI-3?
3)
Quais foram os poderes dados aos militares quando foi decretado o Ato
Institucional número 5, o AI-5?
4) O
que as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling dizem à respeito das
torturas no período do regime militar?
5) A
fonte 1 traz um trecho da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A partir
da leitura desse trecho, escreva um pequeno texto que mostre o quanto os
direitos humanos estavam longe de ser alcançados durante o período da
ditadura militar. Você pode utilizar trechos da Declaração e do texto para
complementar suas opiniões.
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Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não esqueça
de se identificar com nome e serie!
Entrega: até 08/09
Tema da aula: Ditadura Militar no Brasil
Objetivo da aula: a partir da análise de três fontes
históricas, compreender o contexto que levou à ditadura civil-militar
de 1964, a partir dos desdobramentos dos projetos das “Reformas de Base” de
João Goulart, observando o contexto internacional da Guerra Fria. Esse tema é
continuidade da aula anterior e as fontes utilizadas estão disponíveis no
caderno do aluno, volume 3.
Fonte
1:
Capital Federal. Sábado, 9 de setembro de
1961.
O Sr. Dr. João Belchior Marques Goulart,
eleito a 3 de outubro de 1960, empossado Vice-Presidente da República a 31 de
janeiro do corrente ano, prestará compromisso constante do parágrafo único do
Art. 83 da Constituição dos Estados Unidos do Brasil, a fim de ser investido
na Presidência da República, nos termos do Art. 21 da Emenda Constitucional
nº 4, em virtude da renúncia do respectivo titular, ocorrida a 25 do mês
anterior.
(Fonte:
Câmara dos Deputados. Diário do Congresso Nacional de 09/09/1961.)
Fonte
2:
Ata da 160ª Sessão Ordinária Vespertina da
Câmara dos Deputados.
Crise deflagrada com a renúncia de Jânio
Quadros ao mandato de Presidente da República.
(…) O Deputado Waldir Simões transmite apelos
de presidentes de sindicatos de marítimos e portuários aos chefes militares
em defesa da Constituição Federal e da posse de João Goulart na Presidência
da República (…). O Deputado Pereira Nunes relata comício ocorrido na cidade
de Niterói, Rio de Janeiro, em defesa da posse de João Goulart (…) Os
deputados Nelson Carneiro, Aurélio Vianna, Clemens Sampaio, Pereira da Silva
e Osmar Cunha encaminham a votação de requerimento de adiamento da discussão
do Projeto de resolução 27/A, de 1959, que modifica o § 3º do artigo 182, do
Regimento Interno (permissão de subemenda à proposta de emenda constitucional
16/61- Parlamentarismo). O Deputado Pereira da Silva ainda apresenta
requerimento para que sejam tornadas sem efeito as prisões do Marechal Lott e
de oficiais que se posicionaram contra o impedimento da posse do Sr. João
Goulart.
(Fonte:
Câmara dos Deputados. Anais da Câmara dos Deputados de 29/08/1961.)
Fonte
3:
Manifesto dos militares contra Goulart
(…) As Forças Armadas do Brasil (…)
manifestam (…) a absoluta inconveniência, na atual situação, do regresso ao
país do vice-presidente, Sr. João Goulart. (…) Já ao tempo em que exercera o
cargo de ministro do Trabalho, o Sr. João Goulart demonstrara, bem às claras,
suas tendências ideológicas, incentivando e mesmo promovendo agitações
sucessivas e frequentes nos meios sindicais (…). E não menos verdadeira foi a
ampla infiltração (…) de ativos e conhecidos agentes do comunismo
internacional, além de incontáveis elementos esquerdistas. (…) Na presidência
da República, em regime que atribui ampla autoridade e poder pessoal ao chefe
de governo, o Sr. João Goulart constituir-se-á, sem dúvida alguma, no mais
evidente incentivo a todos aqueles que desejam ver o país mergulhado no caos,
na anarquia, na luta civil. (…).
(Fonte:
Manifesto dos ministros das três Armas contra a posse de João Goulart,
30/8/1961)
Atividade: a
partir da leitura e análise das três fontes acima, responda:
1)
Qual é o assunto tratado nas fontes 1, 2 e 3?
2)
Explique o que podemos constatar sobre a história do Brasil neste período a
partir da leitura das fontes.
3)
Qual é a principal crítica presente na fonte 2?
4) A
fonte 3 foi elaborada por militares. Quais são as suas acusações em relação
ao presidente João Goulart? E o que eles propunham?
5)
Existe uma relação entre essas fontes? Explique, justificando com trechos, se
necessário.
6) De onde foram retiradas essas fontes? E qual
a importância da análise de fontes como essas para a compreensão da nossa
história?
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Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Entrega: até 24/08
Objetivo da aula: compreender o contexto que
levou à ditadura civil-militar de 1964 e analisar o contexto político e
econômico da década de 60.
Tema
da aula: A ditadura militar (1964-1985)
Em 31 de março de 1964,
militares contrários ao governo de João Goulart (PTB) destituíram o
então presidente e assumiram o poder por meio de um golpe. O governo
comandado pelas Forças Armadas durou 21 anos e implantou um regime
ditatorial. A ditadura restringiu o direito do voto, a participação popular e
reprimiu com violência todos os movimentos de oposição. Na economia, o
governo colocou em prática um projeto desenvolvimentista que produziu
resultados bastante contraditórios, já que o país ingressou numa fase de
industrialização e crescimento econômico acelerados, sem beneficiar a maioria
da população, em particular a classe trabalhadora.
Os militares destituíram do
poder o presidente João Goulart, que havia assumido a presidência após a
inesperada renúncia de Jânio Quadros (PTN), em 1961. Sua posse foi bastante
conturbada e só foi aceita pelos militares e pelas elites conservadoras
depois da imposição do regime parlamentarista. Essa fórmula política tinha como
propósito limitar os poderes presidenciais, subordinando o Executivo ao
Legislativo. Goulart, contudo, manobrou politicamente e conseguiu aprovar um
plebiscito, cujo resultado restituiu o regime presidencialista.
O presidente, entretanto,
continuou a não dispor de uma base de apoio parlamentar que fosse suficiente
para aprovar seus projetos de reforma política e econômica. A saída
encontrada por Goulart foi a de pressionar o Congresso Nacional por meio de
constantes mobilizações populares, que geraram numerosas manifestações
públicas em todo o país.
Ao mesmo tempo, a situação
da economia se deteriorou, provocando o acirramento dos conflitos de natureza
classista, entre os que defendiam reformas e distribuição de renda e os
opositores a estas medidas. Todos esses fatores levaram, de forma conjunta, a
uma enorme instabilidade institucional, que acabou por dificultar a
governabilidade.
Nessa conjuntura, o governo
tentou mobilizar setores das Forças Armadas, como forma de obter apoio
político, mas a medida colocou em risco a hierarquia entre os comandos
militares e serviu como estímulo para o avanço dos militares golpistas.
Em 1964, a sociedade
brasileira se polarizou. As classes médias, as elites agrárias e os
industriais se voltaram contra o governo e abriram caminho para o golpe
civil-militar de 1964.
Atividade:
Responda as questões abaixo de acordo com o texto:
1)
Segundo o texto, quantos anos durou o regime militar e quais as principais
transformações que caracterizaram esse período?
2) A
posse do presidente João Goulart, anos antes do golpe militar, só foi
possível com a imposição de um regime parlamentarista. O que significava
isso?
3)
Qual a maneira encontrada por Goulart para manter o apoio ao seu governo?
4) O
que podemos compreender quando se diz que a crise econômica provocou
conflitos de natureza classista?
5)
Chamamos de golpe civil-militar devido o apoio dado aos militares por outros
grupos. Quais foram esses grupos que também ficaram contra o governo de João
Goulart?
A aula do Centro de Mídias pode ajudá-lo a
compreender melhor esse momento da história do Brasil:
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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 10/08 ATÉ 17/08
Observação
importante: As
atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve
ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo
centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail
(erikacastelani@hotmail.com).
Objetivo
da aula: A atividade
procura descrever e analisar os processos históricos durante a Segunda Guerra
Mundial e relacionar a Carta dos Direitos Humanos como fundamental na
garantia dos direitos universais no mundo pós guerra. O texto e questões
abaixo foram retirados do caderno do aluno, volume 2.
Tema da aula: A Segunda Guerra Mundial e a
Carta dos Direitos Humanos
Fonte
1:
Os Vagões
foram abertos e rampas de madeira colocadas na altura do assoalho para as
pessoas descerem. Fomos recebidos pelos nazistas acompanhados de fuzis,
apitos e cães de guarda. Se o fim daquela insuportável viagem representou um
alívio, o pior ainda estaria por vir. “Alle runter! Alle runter!” (Desçam
todos! Desçam todos!), eles gritavam. Foi a nossa saudação de boas-vindas.
Quem não obedecia, apanhava. Muitas pessoas desceram cambaleando e outros
foram arrastadas já sem vida de dentro dos vagões. Os prisioneiros do campo
subiam e recolhiam os pertences dos novos companheiros e até penicos eram
requisitados pelos nazistas. Imediatamente veio ordem de separação: “Direita!
Esquerda!”. Crianças abaixo de 12 anos e velhos acima 60 eram separados à
esquerda. (...) A seguir, rasparam nossos cabelos e todos os pelos do corpo.
Sobre a pele raspada e irritada, esfregaram creolina. Ardia como carne viva.
Por último, fomos empurrados para a sala de banho. (..) Ao chegar minha vez,
estendi o braço. E uma numeração foi tatuada na parte externa do meu
antebraço. Morria Andor Stern e nascia o “83892” (...).
(PIERIN, Gabriel Davi.
Uma estrada na escuridão: a incrível história de Andor Stern, o único
brasileiro sobrevivente ao holocausto.)
1) Considerando a narrativa, qual é o
contexto a que se refere este fragmento?
2) Escreva sobre o que mais lhe chamou a
atenção no fragmento.
3) Na fonte apresentada é possível
reconhecer a organização dos campos de concentração? Explique o método
utilizado pelos nazistas para a implementação deles.
4) Você já ouviu falar sobre o holocausto e
práticas de extermínio utilizadas nos campos de concentração? Registre seus
conhecimentos sobre esse assunto.
Fonte
2:
“Nós, os
povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do
flagelo da guerra, que, por duas vezes no espaço da nossa vida, trouxe
sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos
fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de
direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas,
e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações
decorrentes de tratados e de outras fontes de direito internacional possam
ser mantidos, e a promover o progresso social e melhores condições de vida
dentro de uma liberdade mais ampla.”
(Trecho disponível no
site das Nações Unidas Brasil)
Fonte
3:
Artigo
II 1- Todo ser humano tem capacidade para
gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem
distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião,
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento, ou qualquer outra condição. Artigo
III Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal.
(Fonte: Nações Unidas. Declaração
Universal dos Direitos Humanos)
Leia atentamente o trecho da Declaração dos
Direitos Humanos acima, assinada em 10 de dezembro de 1948, para responder:
1)
Qual é a relação dos artigos II e III com eventos históricos como o
Holocausto? Explique.
2) Leia com atenção a fonte 2 e escreva um
pequeno texto sobre a importância da ONU para a criação da Carta de Direitos
Humanos, relacionando esta criação com a garantia e a defesa da dignidade
humana.
Esta aula do Centro de Mídias pode ajudá-lo
a compreender esse tema e desenvolver a atividade:
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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 03/08 ATÉ 07/08
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Objetivo da aula: A atividade trabalha as causas da Segunda
Guerra Mundial, principalmente no que se refere ao Tratado de Versalhes (que
já vimos quando trabalhamos as consequências da Primeira Guerra) e suas
consequências principalmente para a Alemanha. O objetivo da aula, portanto, é
contextualizar as motivações do fascismo e nazismo e suas práticas. O texto e
questões abaixo foram retirados do caderno do aluno.
Tema da aula: O contexto da Segunda Guerra
Mundial
Tratado de Versalhes marcou nova fase do
capitalismo, diz professor
Firmado
há 100 anos, acordo entre nações buscou impedir hegemonia econômica da
Alemanha, segundo docente da USP. Segundo o professor Everaldo de Oliveira
Andrade, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas (FFLCH) da USP, o tratado foi assinado em uma situação
peculiar, na derrota dos grandes impérios do centro – Austro-Húngaro, Alemão
e Otomano. “Na verdade, o Tratado de Versalhes é parte de um conjunto de
tratados. É o mais conhecido, mas houve outros tratados com outros países
derrotados que impuseram uma série de dificuldades para que esses países se
recuperassem rapidamente dos efeitos da Primeira Guerra Mundial”, afirma.
(...)
O
nazismo expressa uma tensão interna da sociedade alemã. É uma reação da
pequena burguesia contra a possibilidade de uma revolução socialista na
Alemanha. Representa uma reação exacerbada e radical da burguesia e do
capital alemão contra o risco iminente de uma insurreição operária em um
momento de crise econômica e social profunda na Alemanha, na década de 1930,
pós-crise de 1929, que foi agravada, sim, se levarmos em consideração outros
fatores, pelo Tratado de Versalhes.”
Porém,
na opinião do professor, não há um fio de ligação direto entre o tratado e o
nazismo, mesmo porque em outros países há fenômenos que ocorreram antes até
da crise de 1929 como o fascismo italiano, em 1922, e logo a seguir, como a
Falange Espanhola (1933-1934) e outros movimentos de extrema direita que se
desenvolveram em outros países. “O nazismo tem esse componente de tentar ser
uma resposta, e é uma situação de desespero de um setor da sociedade alemã
que busca uma solução mágica, que acaba levando à tragédia da Segunda Guerra
Mundial”, comenta, acrescentando que a Segunda Guerra Mundial é uma
continuidade das tensões que não foram resolvidas na Primeira Guerra Mundial.
(Cláudia Costa. Jornal USP de 26 de jun. 2019)
Questões:
1)
Qual nome do autor e a data em que foi escrito este artigo? Onde foi
publicado? Podemos inferir as razões da elaboração do tratado? Explique.
2)
Qual a principal razão da publicação do Tratado de Versalhes, segundo o autor
do artigo?
3)
O texto apresenta uma situação específica, vivenciada por grandes impérios,
que situação é essa e quais são estes impérios?
4)
Qual a opinião do especialista no texto sobre o Tratado de Versalhes e a
questão do nazismo? Eles realmente estariam relacionados? Explique.
5)
A partir do texto é possível inferir (deduzir) quais os motivos do surgimento
do nazismo? Explique.
A aula do
Centro de Mídias pode ajudá-lo a compreender melhor esse assunto:
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O
objetivo dessa semana será recuperar os temas trabalhados, tirando as dúvidas
e fazendo as atividades do bimestre que ainda não foram entregues.
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
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Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Objetivo
da aula: Analisar o processo que favoreceu a ascensão
dos regimes totalitários na Europa, essencialmente o fascismo e o nazismo.
Texto
1: Os regimes totalitários na Europa
Após
reconquistar a estabilidade econômica e política, a Europa Ocidental foi
tomada por uma nova crise, gerada pelos efeitos da quebra da Bolsa de Nova
York. Parte da população europeia, insatisfeita e influenciada pela
propaganda antissocialista, apoiou regimes de governo de extrema direita.
·
A
Europa no pós-guerra:
A década de 1920 foi um
período de muitos contrastes. Os europeu estavam otimistas com o fim da
guerra, mas havia temor em relação às dificuldades de um recomeço. A Grande
Depressão, iniciada em 1929 com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York,
atingiu duramente os países da Europa Ocidental, ocasionando grave crise
econômica e desemprego em massa na região. A insatisfação da população era
grande. Cresciam os protestos contra o desemprego, a escassez de alimentos e
a inflação. Esse contexto contribuiu para a radicalização política e a
ascensão de governos autoritários.
No caso da Alemanha e da
Itália, contudo, os regimes que se implantaram foram além do autoritarismo,
configurando-se como totalitários. O totalitarismo caracteriza-se,
principalmente, pela existência de um líder e um partido que tem poderes
quase totais sobre o Estado, sem a regulação de outras instâncias; pela busca
de homogeneização da sociedade, eliminando-se, simbólica ou fisicamente,
aqueles grupos que não se enquadram no padrão imposto por aqueles que
supostamente representariam a nação; e pela forte presença do Estado em todas
as instâncias das vidas públicas e privadas, anulando-se as liberdades
democráticas. O nazismo alemão e o fascismo italiano são exemplos desses
regimes.
(NEMI,
Ana Lúcia Lana. Geração alpha história: 9° ano. 2018. Pág., 82)
Texto
2:
“[...]
o fascismo existia mobilizando massas de baixo para cima. [...] O fascismo
rejubilava-se na mobilização das massas e mantinha-as simbolicamente na forma
de teatro público – os comícios de Nuremberg, as massas na praça Venezia
assistindo aos gestos de Mussolini lá em cima da sacada – mesmo quando
chegava ao poder; como também faziam os regimes comunistas. Os fascistas eram
os revolucionários da contrarrevolução: em sua retórica (arte de falar bem),
em seu apelo aos que se consideravam vítimas da sociedade, em sua convocação
a uma total transformação da sociedade, e até mesmo em sua deliberada
adaptação dos símbolos e nomes dos revolucionários sociais [...]”
(HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o
breve século XX – 1914-1991. SP: Cia das Letras, 2009. P 121.)
Atividade:
1)
Segundo o primeiro texto, qual o contexto que contribuiu para a ascensão dos
governos autoritários?
2) O
nazismo alemão e o fascismo italiano são exemplos de regimes autoritários.
Quais são as principais características do autoritarismo?
3)
Considere o trecho da obra de Hobsbawm (texto 2), segundo o autor, como o
fascismo mobilizava as massas?
4) Nos
regimes autoritários como o nazismo a individualidade desaparecia em nome de
um Estado total. Assim, as pessoas não produziam julgamentos morais sobre os
preconceitos ou sobre as ideias de ódio defendidos pelo Estado. Com base
nessas informações, escreva sobre a importância de refletir e se posicionar
sobre as ações dos governos.
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Observação importante: As
atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser
feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo
centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail
(erikacastelani@hotmail.com).
Tema da aula: A Crise de 1929
Ocorrida entre a Primeira e a Segunda Guerra mundiais,
a Crise de 1929 foi
um dos acontecimentos mais impactantes da História Contemporânea. Essa crise
ocorreu nos meses de setembro e outubro de 1929, nos Estados Unidos, quando o valor das ações da Bolsa de Valores de Nova York despencou
bruscamente, provocando a sua “quebra” (crash). A quebra da Bolsa de
Nova York desencadeou, por sua vez, a Grande Depressão Americana,
que durou até meados dos anos 1930.
·
O que ocasionou a crise?
A Crise de 1929 foi uma
consequência da grande expansão de crédito por meio de oferta monetária
(emissão de dinheiro e títulos) levada a cabo pelo Federal Reserve
System (espécie de Banco Central dos EUA) desde os primeiros anos da
década de 1920. No ano de 1929, essa expansão precisou ser freada pelo
Governo, já que o ajuste de contas precisava ser feito. O Governo, então,
parou de expandir a oferta monetária e começou a operar uma política de restrição
de empréstimos. Temendo a desvalorização da moeda, muitas pessoas e
empresas retiraram suas reservas dos bancos, dando início a um processo de
recessão.
A solução mais saudável para
esse problema seria o Governo controlar a recessão, permitindo a liberdade de
preços e salários, até que o mercado se adequasse à nova situação. No
entanto, ao contrário disso, o Governo passou a exercer arrochado controle
sobre os preços e os salários, além de promover aumento de impostos. Isso
agravou a recessão e, em 24 de outubro de 1929, houve a chamada “quinta-feira negra”,
caracterizada pela queda vertical das ações por falta de compradores. Alguns
dias depois, em 29 de outubro, ocorreu a “terça-feira negra”,
quando vários e vários lotes de títulos foram colocados à venda na Bolsa de
Nova York, em um último gesto desesperado, sem atrair, entretanto,
compradores. Ações de bancos e empresas ficaram completamente desvalorizadas,
o que provocou a falência deles e o consequente desemprego de cerca de 12
milhões de americanos.
Fonte
1:
O homem esfarrapado encarou
o pai e depois riu, e seu riso atingiu a tonalidade de um relincho
prolongado. O círculo de faces virou-se para o homem que ria. O relincho
degenerou num acesso de tosse. Os olhos do homem estavam vermelhos e
lacrimejavam quando, afinal, ele controlou seus espasmos.
— Vocês vão... vocês vão pro
Oeste? Ó Deus do céu! — Começou a rir novamente. — Vão pro Oeste... bons
salários, hem?... Deus do céu! — Parou e acrescentou em tom irônico: — Colher
laranjas, não é? E pêssegos, não é? O pai falou cheio de dignidade:
— A gente pega o serviço que
tiver. E lá tem serviço à beça... O homem esfarrapado relinchou com mais
discrição. Tom irritou-se: — Que é que você acha de tão engraçado nisso? O
homem esfarrapado calou a boca e olhou carrancudo para as tábuas do piso da
varanda:
— Aposto que vocês todos vão
pra Califórnia — disse, por fim. — Pois eu já lhe disse isso uma vez? — falou
o pai. O esfarrapado disse lentamente:
— Eu... eu estou justamente voltando de lá.
Passei lá algum tempo. Todos os rostos dirigiram-se a ele. Os homens não se
mexiam. O cicio da lamparina degenerou num suspiro, e o dono do acampamento deixou
pousar os pés dianteiros de sua cadeira no chão, ergueu-se e bombeou a
lamparina, até que o cicio tornou a se fortalecer, vibrando de novo, agudo.
Sentou-se de novo, mas não a recostou mais à parede. O esfarrapado tornou a
falar:
— Voltei para morrer de
fome. Prefiro morrer de fome o mais rápido possível.
(Fonte: STEINBECK.
John. As vinhas da Ira, capítulo XV.)
Fonte
2:
Fila para pegar comida nos EUA durante a
Grande depressão.
Atividade:
1) A partir da leitura do texto introdutório,
explique resumidamente, com suas palavras o que foi a Crise de 29.
2) A Fonte 1, um trecho do livro as Vinhas da
Ira, mostra um pouco da realidade dos norte-americanos, após a quebra da
bolsa e a crise instalada. Qual era essa realidade?
3) A foto acima (Fonte 2) mostra uma fila de
pessoas esperando por comida. Entretanto, o fundo dela representa outra
situação, bastante contrastante. Como podemos relacionar a imagem do fundo
dessa foto com o que estava acontecendo com a economia norte-americana?
Aula do Centro de Mídias:
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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 06/07 ATÉ 10/07
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Objetivo
da aula: identificar e relacionar as dinâmicas do
Capitalismo e suas crises, os grandes conflitos mundiais, os conflitos
vivenciados na Europa e as relações de poder entre as nações.
Tema
da aula: A Revolução Russa
Fonte
1: Os bastidores
“Em fins de setembro de 1917, um
professor de sociologia que percorria a Rússia veio visitar-me em Petrogrado.
Os homens de negócios e os intelectuais haviam-lhe garantido que a revolução
começara a declinar. O professor acreditou em tais informações e escreveu um
artigo sustentando essa opinião. Entretanto, continuou a viajar pelo país,
visitando cidades industriais e pequenas aldeias do interior. Com assombro,
verificou então que a revolução parecia entrar em nova fase de
desenvolvimento. Entre os operários das fábricas e os camponeses pobres
ouvia-se frequentemente falar de "todas as terras aos camponeses" e
"todas as fábricas aos trabalhadores". Se o professor tivesse
visitado as trincheiras, verificaria, também, que os soldados só falavam em
paz [...] O homem ficou aturdido, mas não havia razão para tal. Ambas as
observações eram corretas. Na Rússia, as classes dominantes tornavam-se cada
vez mais conservadoras, e as massas populares, cada vez mais radicais. Os
capitalistas, os negociantes e os intelectuais achavam que a revolução não só
já fora demasiado longe, como durara excessivamente [...] Era essa, também, a
opinião dos socialistas "moderados", que dominavam então, e dos
sociais-nacionalistas mencheviques e socialistas revolucionários, que apoiavam
o Governo Provisório de Kerenski”.
(REED, John. Dez Dias que Abalaram o Mundo,
capítulo 1.)
Fonte
2: Declaração dos Direitos dos Povos da Rússia
“Em julho deste ano [1917], o Primeiro
Congresso dos Sovietes proclamou o direito dos povos da Rússia de disporem de
si próprios. O Segundo Congresso dos Sovietes, em novembro, confirmou e
definiu claramente esse direito inalienável dos povos da Rússia. De
acordo com a vontade daqueles dois congressos, o Conselho dos Comissários do
Povo resolveu estabelecer, como base de sua ação, os seguintes princípios:
1. Igualdade e soberania dos povos da Rússia.
2. Direito dos povos da Rússia de disporem de
si próprios, até a separação completa e a formação de Estados independentes.
3. Supressão de todas as restrições e
privilégios de caráter nacional ou religioso.
4. Liberdade de desenvolvimento para todas as
minorias nacionais e grupos étnicos que vivem em território russo.
Os decretos estabelecendo esses princípios
serão promulgados depois da organização da Comissão das Nacionalidades.
Em nome da República Russa, o comissário das Nacionalidades, Iossif
Djugatchivili Stálin. O presidente do Conselho dos Comissários do Povo, V.
Uliánov Lênin [15 de novembro de 1917]”.
(REED, John. Dez Dias que abalaram o
mundo, capítulo XI.)
Fonte
3:
“No dia 16 de novembro,
Lênin e Miliutin redigiram um boletim de instruções destinado aos delegados
das províncias. Depois de impresso, esse boletim foi distribuído aos
milhares, em todas as aldeias da Rússia:
1. Assim que chegar à província designada, o delegado
deverá convocar uma reunião do Comitê Executivo dos Sovietes. Nessa reunião,
depois de ler a legislação agrária, deve propor a convocação de uma
assembleia plenária dos sovietes de distritos e de província.
2. O delegado deve pôr-se a par da marcha da
revolução agrária de acordo com o seguinte formulário: a) Os domínios dos
senhores da terra foram confiscados? Em que distritos? b) Quem administra as
terras confiscadas? Os comitês agrários, ou os antigos proprietários? c) Os
instrumentos agrícolas e o gado, que destino tiveram? 3. A superfície semeada
pelos camponeses aumentou?
4. Que rendimento total calculam para esta
província?
5. O delegado deve explicar que os
camponeses, depois de tomarem posse da terra, devem fazer todo o possível
para aumentar as colheitas e remeter o trigo com a maior rapidez possível às
cidades. De outro modo, não será possível evitar a fome.
6. Que medidas foram ou vão ser postas em
prática para colocar definitivamente as terras sob o controle dos comitês
agrários das aldeias e dos distritos, ou dos sovietes?
7. Aconselhamos que as propriedades mais bem
equipadas em instrumentos agrícolas sejam postas à disposição dos sovietes de
assalariados agrícolas, sob a direção de agrônomos competentes”.
(REED, John. Dez dias que abalaram o
mundo, capítulo XII.)
Atividade: As
três fontes acima são trechos do livro “Dez dias que abalaram o mundo”,
leia-os com atenção, considerando que foram escritos no contexto da Revolução
Russa e responda as questões:
1) Qual o relato apresentado por John Reed na
fonte 1? Explique.
2) No diálogo
com um sociólogo, Reed relata o contexto pré-revolucionário, qual o ponto de
vista da população e o ponto de vista das classes dominantes explicitados
pela fonte 1?
3) Sobre
o Primeiro Congresso dos Sovietes, explique qual foi a proposta desse evento
ao povo da Rússia na fonte 2.
4) O
que você acha que pode significar naquele contexto as frases: “disporem de si
próprios” e “direito inalienável” (fonte 2). Justifique sua resposta.
5) Na
fonte 3, o boletim de instruções propunha uma “marcha da revolução agrária”,
ou seja, a organização da produção. Diante das condições da Rússia no período
imperial, o que significava a organização proposta para a população
camponesa? Explique dando exemplos do texto.
Aula do Centro de Mídias:
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ATIVIDADES
Leitura e análise de texto e pesquisa.
Aula do centro de mídias: https://www.youtube.com/watch?v=poNh1QTLZH8&list=PLAbRprP4phEgDWrtBWUHNot_9QFswp9gm&index=13&t=151s
As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail
(erikacastelani@hotmail.com).
Tema
da aula: A Revolução Russa e o contexto da Primeira Guerra Mundial
Texto
1:
“O termo revolução é muito
utilizado pelos historiadores, e podemos defini-lo como um processo de
transformações profundas das estruturas políticas, econômicas e sociais. A
palavra surgiu durante o Renascimento para fazer referência ao movimento dos
corpos celestes com o sentido de “volta”, “rotação”. Ganhou um significado
político com a Revolução Inglesa do século XVII durante a qual a monarquia
foi abolida e, depois, restaurada. Somente no século XVIII, com a Revolução
Francesa, o termo ganhou o significado que tem hoje, ou seja, uma
transformação profunda nas estruturas de uma sociedade que altera, de forma
definitiva, a vida política, social, cultural ou tecnológica.”
(Fonte: Adaptado de Dicionário de conceitos
históricos. SILVA, Karina Vanderlei e SILVA, Maciel Henrique (org). São
Paulo: Editora Contexto, 2012.)
Texto
2:
“O Império Russo, no início
do século XX, ainda vivia sob uma monarquia absolutista. Sua economia era
baseada na agricultura, apesar dos investimentos, nas grandes capitais, para
promover o desenvolvimento industrial. A maioria da população (cerca de 85%)
não possuía terras, mas vivia do trabalho nas propriedades rurais em
condições de miséria. Assim como ocorria na Europa Ocidental, os
trabalhadores russos não tinham direitos. Nas fábricas, operários cumpriam
longas jornadas de trabalho e recebiam salários muito baixos. Esses grupos sociais
sustentavam os grupos privilegiados, como empresários, grandes proprietários
de terras, a nobreza, militares e o alto clero da Igreja Ortodoxa Russa. Com
uma grave crise econômica, as tensões aumentam e se agravam com a Primeira
Guerra Mundial. Essa situação conduziu, em 1917, à Revolução socialista que
pôs fim ao capitalismo na Rússia e causou grande impacto no mundo.”
(Fonte: Elaborado especialmente para o
Material de Apoio ao Currículo.)
Atividade:
Considere os dois textos acima para responder às questões:
1) Segundo o texto 1, o que compreendemos hoje
por revolução?
2) Segundo o texto 2, qual era a situação do
Império Russo antes da Revolução? Exemplifique com citações do texto.
3) A condição da Rússia descrita acima levou
à uma revolução, em que ano aconteceu e qual sua principal consequência?
4) Faça uma pesquisa e elabore um quadro
comparativo entre as principais diferenças entre as propostas capitalistas e
socialistas para uma sociedade. Não esqueça de colocar a fonte de onde
retirou as informações. Essa pesquisa também pode ser feita a partir da
explicação presente na aula do Centro de Mídias indicada abaixo:
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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 22/06 ATÉ 26/06
ATIVIDADES
Leitura e análise de
texto e pesquisa.
Tema
da aula: Movimentos de resistência ao colonialismo e imperialismo na África.
Quando
estudamos o conflito da Primeira Guerra Mundial, vimos que uma de suas causas
mais importantes foi a disputa colonialista entre em potências, que desejavam
se apropriar de territórios para obter matéria prima e mercado consumidor
para seus produtos. Esse foi o caso da África, continente totalmente dividido
entre as potências europeias.
Texto
1:
“A ocupação europeia na
África encontrou resistência por parte das sociedades africanas. Esses
movimentos de resistência eram organizados, tanto por povos que possuíam um
governo centralizado, como por aqueles que tinham outras formas políticas de
organização. Esta resistência foi permeada por lutas e conflitos que tentaram
impedir a colonização europeia, embora a ostensiva dos países europeus tenha
obtido sucesso devido à tecnologia bélica e de comunicação.”
(Fonte: Material de
Apoio ao Currículo Paulista)
São exemplos desses conflitos de resistência
africana no:
·
Egito: O
movimento foi liderado pelo coronel Ahmad Urabi, e teve início na década
1880. Neste período o governo se posicionava alinhado com os interesses
otomanos (turcos) e britânicos. O exército encabeçou este movimento revolucionário
que desejava a libertação do Egito.
·
Sudão: Movimento
conhecido como Mahdiyya, liderado por Muhammad Ahmad al-Mahdi. O Mahdiyya foi
um rebelião no Sudão contra a dominação dos otomanos, que assumiu
propriedades de uma Guerra Santa (Jihad). Iniciou a partir do movimento de
resistência e libertação do Egito.
·
Líbia: O
país estava ocupado pelos otomanos quando foi repentinamente
invadido pelos italianos em 1911. Os italianos exerceram um domínio
precário sobre algumas cidades Líbias e enfrentaram grande resistência no
interior.
·
Costa
do Ouro: Rebelião Ashanti (1890-1900). Na Costa do
Ouro (atual Gana), após os colonizadores britânicos terem substituído os
líderes tradicionais por outros governantes, os ashanti se rebelaram.
·
Madagascar: A
soberania malgaxe. O Reino de Madagáscar era independente e liderado
pelo primeiro-ministro Rainilaiarivony.
·
Tanzânia,
Ruanda, Burundi e partes de Moçambique: Revolta de
Maji-Maji (1905-1907). O líder Kinjikitile reuniu diversos grupos étnicos na
África Oriental Alemã (atual Tanzânia) contra a exploração imposta pelos
colonizadores alemães.
·
Senegal: Rebelião
de Mamadou Lamine (1898-1901). No Alto Senegal, Mamadou Lamine liderou
rebeldes muçulmanos contra os colonizadores franceses.
Atividade:
Escolha dois dos movimentos de resistência exemplificados acima e
faça uma pesquisa mais
detalhada sobre suas principais características, registrando em seu caderno.
Aula do Centro de Mídias:
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